O PSD/Açores pediu hoje explicações ao governo regional sobre as considerações formuladas pelo secretário regional da Educação, Cultura e Ciência, Luís Fagundes Duarte, relativamente às instalações das filarmónicas dos Açores, realizadas com apoios concedidos pelos anteriores governos regionais socialistas.
Num requerimento assinado pelos deputados do PSD/Açores José Andrade e Cláudio Almeida são recordadas palavras proferidas no início deste mês por Luís Fagundes Duarte, que na sequência de um colóquio realizado, nos Fenais da Luz, sobre as filarmónicas regionais considerou que “por várias razões, não sei porquê, ao longo do tempo, investiu-se muito e as pessoas fazem sedes muito grandes, com muitos salões, e a ilha que tem piores instalações para as filarmónicas é São Miguel”.
O governante considerou que ‘isto em contraponto com freguesias de outras ilhas da Região em que temos o salão da casa do povo, temos o salão da sociedade filarmónica, temos mais um salão do grupo folclórico e temos mais uma outra coisa qualquer e estão todos eles vazios e, depois, dizem que precisam de mais dinheiro’”.
Os deputados do PSD/Açores referem “não subscrever a crítica do secretário regional ao questionar os investimentos que os seus próprios governos fizeram em instalações de filarmónicas nas diversas ilhas dos Açores, mas concordamos com a constatação do secretário regional Luís Fagundes Duarte ao reconhecer que as sedes das filarmónicas micaelenses carecem de investimento”.
O grupo parlamentar do PSD/Açores, que ao longo do corrente ano visitou as instalações e reuniu com as suas direções da maior parte das cerca de 100 filarmónicas açorianas avalia que “ ao nível das suas sedes, se algumas só têm instalações condignas graças ao apoio das câmaras municipais, outras há que não têm sede, como a Filarmónica ‘São Paulo’ da Ribeira Quente, ou que têm uma sede em risco de ruína, como a centenária Filarmónica ‘Marcial União Progressista’ de Vila Franca do Campo”.
Por esse motivo e considerando as declarações do governante responsável pela política cultural sobre a situação atual das instalações das filarmónicas micaelenses, José Andrade e Cláudio Almeida questionam “porque permitiu o governo, nos últimos anos, criar uma situação de desfavorecimento em São Miguel” e “o que tenciona o governo investir em 2014 e nos anos seguintes da presente legislatura para compensar o reconhecido desinvestimento nas filarmónicas micaelenses e satisfazer as necessidades de beneficiação das suas instalações”.
