PSD/Açores apresenta proposta de combate a listas de espera cirúrgicas

O presidente do PSD/Açores propôs hoje a criação de um registo integrado de inscritos para cirurgia dos três hospitais regionais e o desenvolvimento de programas de produção adicional nessas unidades de saúde como resposta urgente aos problemas “de milhares de açorianos que se encontram a aguardar, muitas vezes há mais de três anos, por uma cirurgia”.

“Se nada for feito estima-se que até ao final deste ano serão dez mil os açorianos em lista de espera para intervenções cirúrgicas”, alertou Duarte Freitas no final de uma reunião com o conselho de administração do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, recordando que “só nesta unidade existem sete mil açorianos a aguardar por uma intervenção cirúrgica”, mas “há já um alerta dos profissionais de saúde a dizer que com a atual programação serão realizadas menos mil operações durante o ano de 2014”.

A proposta visa a criação de um registo integrado de inscritos para cirurgia dos três hospitais. Esse registo, explicou Duarte Freitas, “estará associado ao estabelecimento de prioridades em função do tipo de intervenção cirúrgica e constituirá o suporte para o estabelecimento de programas de produção cirúrgica adicional, em horário pós laboral, funcionando de forma contínua, mediante uma contratualização entre a tutela e os Hospitais, possibilitando o seu adequado financiamento”, disse.

O líder social democrata explica que “com esta estratégia pretendemos uma maior rentabilização dos recursos atuais do Serviço Regional de Saúde”, salientando que “os programas de produção cirúrgica adicional possibilitam a realização de intervenções cirúrgicas em horário pós-laboral aproveitando as estruturas dos blocos operatórios das três unidades hospitalares que, nessa altura, não estão a ser utilizados”.

O objetivo, referiu Duarte Freitas, “é conseguir para os açorianos tempos de espera por cirurgia semelhantes aos nacionais, ou seja, cerca de três meses”, defendendo que  “com estas medidas conseguimos utilizar em pleno as estruturas hospitalares da Região, rentabilizar o quadro clínico e, mais importante, dar respostas aos açorianos”.

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