Os deputados do PSD/Açores defenderam hoje uma reorganização do sistema de transportes nas chamadas ilhas de coesão, apontando para as “grandes dificuldades” sentidas pelos habitantes ao nível das ligações marítimas, mas também nas aéreas.
“Para esta coesão existir é necessário que se reorganize o sistema de transportes. Do ponto de vista dos transportes marítimos, as ilhas de coesão sentem uma grande dificuldade. Sentimos uma grande necessidade destes transportes marítimos serem reorganizados no sentido de a economia ter um caminho positivo”, afirmou o deputado social-democrata no Parlamento açoriano Bruno Melo, na ilha das Flores.
O deputado falava aos jornalistas no encerramento das jornadas parlamentares do PSD/Açores dedicadas ao “contributo do setor primário para a coesão”, que tiveram lugar nas Flores e no Corvo.
Bruno Melo disse que também “não se compreende e é inconcebível ver que o Governo Regional dos Açores cumpre escrupulosamente os serviços públicos de transporte aéreo na Madeira” e “nos Açores, designadamente no Corvo, há vários dias que tem a ilha sem ligações aéreas”, devido à avaria de um avião da SATA Air Açores.
“Estas jornadas serviram para efetuarmos uma análise mais profunda sobre as grandes dificuldades que afetam as ilhas de coesão e designadamente as Flores e Corvo, do grupo ocidental, que precisam de uma coesão dentro da coesão da região”, sublinhou.
O deputado Bruno Melo frisou que “o contributo do setor primário para esta coesão é decisivo”, nomeadamente a fileira da carne, a atividade com maior significado económico naquele grupo de ilhas do arquipélago.
Durante as jornadas parlamentares, os deputados do PSD ao parlamento dos Açores visitaram ainda várias instituições nas Flores e Corvo, designadamente aquelas com maior impacto na economia e ao nível social.
“A situação não é muito risonha para todos. No entanto, temos um caminho muito longo a percorrer para que de uma forma clara se caminhe para a resolução destas situações a mais breve trecho, já que em ilhas pequenas estas instituições têm um peso muito significativo”, sublinhou ainda Bruno Melo.
Lusa