“Há situações de reformas e pré-reformas que aceitamos, mas despedimentos são inaceitáveis”, afirmou Berta Cabral, numa declaração aos jornalistas em Ponta Delgada, sublinhando que o Governo dos Açores tem poder de intervenção na sua qualidade de “maior depositante do BANIF”.
Berta Cabral salientou que, no processo de reestruturação que a instituição bancária “herdeira” do Banco Comercial dos Açores pretende implementar, estão em causa cerca de 60 postos de trabalho no arquipélago.
“O Governo Regional tem de governar em vez que fazer de conta que é governo”, frisou, insistindo que compete ao executivo açoriano “defender as empresas” que operam nos Açores e os respetivos trabalhadores.
Berta Cabral disse ainda que o Governo dos Açores não se pode assumir como “parte fraca” nas negociações com o BANIF, alegando que a administração regional tem depósitos permanentes nesta instituição de crédito na ordem dos 20 milhões de euros.
A presidente do PSD/Açores afirmou também estar preocupada com o “momento de ansiedade” vivido por muitas famílias dos Açores que podem vir a ser afetadas por este processo, que lhe “custa a acreditar” que não seja do conhecimento do Governo Regional.
Lusa