O líder do PSD/Açores, Duarte Freitas, afirmou hoje que cerca de 50% da verba destinada ao arquipélago no Programa Nacional de Emergência Alimentar ainda está por utilizar, o que estranha face às situações de carência existentes nas ilhas.
“Acho estranho que perante as carências que temos tido o Governo [Regional] não tenha ainda acedido a todas as verbas que tem disponíveis a nível nacional, do Programa de Emergência Alimentar nacional. Esse programa tem verbas específicas para os Açores. Ao que sabemos, cerca de 50% ainda não foram utilizadas”, disse Duarte Freitas aos jornalistas, após uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada.
O líder do maior partido da oposição nos Açores precisou que por utilizar estão 1,06 milhões de euros do programa.
“É importante utilizar todos os meios que temos ao dispor para conseguir responder às carências alimentares, que são infelizmente cada vez maiores”, sustentou.
Destacando a importância da Santa Casa da Misericórdia de Ponta Delgada e o apoio que tem dado à sociedade, Duarte Freitas aproveitou ainda para esclarecer que o programa comunitário de apoio alimentar não vai acabar, antes sofreu uma transformação no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio, que vigorará entre 2014 e 2020.
“Já há bastante tempo que a deputada europeia Maria do Céu Patrão Neves tem vindo a passar informação pública de que não vai acabar nenhum programa comunitário de apoio alimentar. Vai, sim, ser criado um novo programa no âmbito do novo quadro comunitário de apoio”, afirmou Duarte Freiras, acrescentando que já foram aprovadas no Parlamento Europeu alterações ao programa, que passará a ser designado por Fundo de Auxílio Europeu para Pessoas Mais Carenciadas.
No início de agosto, numa entrevista ao jornal Açoriano Oriental, a responsável pelo Banco Alimentar de S. Miguel, Luísa César, deu conta da preocupação da instituição com o fim do programa comunitário de ajuda alimentar, que obrigaria a reduzir a atual distribuição de 600 cabazes para 200.
Lusa