O PSD/Açores defendeu hoje o reforço das verbas destinadas às autarquias na região no próximo Quadro Comunitário de Apoio, para 2014-2020, sublinhando que as câmaras e as juntas apoiam cada vez mais famílias em dificuldades.
“Numa altura em que os recursos são escassos, em que muitas autarquias estão a reduzir receitas próprias devido a opções de apoio social aos mais desfavorecidos, importantíssimas no atual contexto económico, é importante que possam ver aumentados os seus recursos através do financiamento comunitário”, defendeu Cláudio Lopes, deputado social-democrata na Assembleia Legislativa dos Açores.
O deputado falava em Santa Cruz da Graciosa, no encerramento das jornadas parlamentares do PSD/Açores, que tiveram como tema o poder local.
Para os deputados do maior partido da oposição nos Açores, “as autarquias regionais constituem um elemento fundamental para atenuar as dificuldades sentidas pelas famílias e pelas empresas” e “têm de constituir o motor do desenvolvimento” do arquipélago.
“São elas que estão mais próximas e que melhor compreendem as necessidades das açorianas e dos açorianos” justificou o deputado, citado num comunicado do partido, considerando a seguir que, “infelizmente, a importância das autarquias não tem merecido da administração regional o justo reconhecimento”.
Segundo Cláudio Lopes, “dos mais de 1.500 milhões de euros de que o Governo Regional dispôs no atual Quadro Comunitário de Apoio, pouco mais de dez por cento foram destinados às autarquias”.
Para o PSD/Açores, o próximo Quadro Comunitário de Apoio “não pode voltar a ser uma oportunidade desperdiçada para as autarquias”, não sendo possível “defender-se uma grande aposta na reabilitação urbana” ou “a orientação dos investimentos para a revitalização da economia das freguesias, com intervenções recorrendo a pequenas empresas locais”, como tem dito o Governo Regional, “e depois amputar financeiramente a possibilidade das autarquias desenvolverem essas políticas”.
No final destas jornadas parlamentares, o presidente do PSD/Açores, Duarte Freitas, defendeu ainda que se encontrem “os responsáveis” por obras que considerou mal sucedidas em zonas termais da região, como o Carapacho (Graciosa), a Ferraria e as Furnas (S. Miguel), mesmo que “estejam hoje sentados na cadeira de presidente do Governo Regional”, referindo que Vasco Cordeiro, chefe do executivo socialista do arquipélago, foi antes secretário regional da Economia.
Duarte Freitas deu como exemplo o caso das termas do Carapacho, que vão ser de novo alvo de uma obra de reabilitação, menos de três anos depois de uma obra anterior no valor de três milhões de euros.
Lusa