Os atuais sistemas de saúde da PSP e GNR, que são idênticos e foram alterados em 2006, vão ser hoje analisados numa reunião, em Lisboa, entre a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) e a Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR).
“Vamos apurar com mais rigor os prejuízos que estas alterações causaram”, disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, adiantando que na reunião vão “encontrar soluções e propostas em conjunto no sentido de incentivar as autoridades para alterar o diploma”.
Desde 2006 que os cônjuges estão excluídos dos sistemas, à exceção daqueles que descontam para a ADSE (sistema de saúde para os funcionários públicos), e os profissionais da PSP e da GNR descontam 1,5 por cento do ordenado, além de terem sido reduzidas as comparticipações dos medicamentos por parte do Estado.
Os militares da GNR e os agentes da PSP que entraram para as forças de segurança a partir de 2006 fazem parte da ADSE, não integrando os respetivos Serviços de Assistência na Doença.
Paulo Rodrigues adiantou que os elementos das forças de segurança “não estão contra o pagamento”, mas lamentou a qualidade do serviço prestado, que “piorou”.
A ASPP e a APG exigem, assim, a integração dos cônjuges e dos profissionais que entraram para a Polícia de Segurança Pública (PSP) e para a Guarda Nacional Republicana (GNR) depois de 2006 nos Serviços de Assistência na Doença.
“Vamos reunir e encontrar formas de luta para que o Governo equacione uma solução que dignifique as forças de segurança e não coloque os profissionais na situação humilhante que estão a viver neste momento”, disse à Lusa o presidente da APG.
José Manageiro adiantou que os elementos das forças de segurança estão “sujeitos a riscos acrescidos”, têm que ter “cuidados de saúde específicos”, rastreios e uma medicina preventiva com regularidade, justificando, assim, a necessidade de Serviços de Assistência na Doença de qualidade.