A Comissão Europeia publicou esta semana a decisão que reconhece as ilhas açorianas do Corvo, Graciosa, São Jorge, Santa Maria, São Miguel e Terceira como sendo indemnes de varroose, uma doença das abelhas causada por um ácaro, anunciou hoje a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.
Este reconhecimento oficial é de grande importância para o fortalecimento da apicultura nos Açores e para a comercialização do mel, ao mesmo tempo que dota a Região de uma ferramenta legal que lhe permite salvaguardar os interesses do setor, limitando a entrada de materiais nas ilhas apenas aos que sejam provenientes de zonas com o mesmo estatuto.
No quadro constante do anexo da Decisão de Execução, que reconhece partes da União Europeia como indemnes de varroose nas abelhas e estabelece garantias adicionais exigidas no comércio intra-União e nas importações, com vista à proteção do seu estatuto de indemnes de varroose, passa agora a constar para as seis ilhas dos Açores “abelhas em qualquer fase do seu ciclo de vida, incluindo enxames, rainhas, colónias e colmeias e quadros de ninho usados”.
A apicultura desempenha um papel muito importante para o setor agrícola pelo contributo das abelhas enquanto polinizadoras naturais, o que contribui para aumentar a rentabilidade das explorações, mas também na polinização de outras plantas, preservando-as e, consequentemente, dando um contributo para o equilíbrio do ecossistema e a manutenção da biodiversidade.
Faz parte do Plano Estratégico para a Apicultura nos Açores, a criação de medidas de controlo efetivo que possam agora garantir a manutenção da indemnidade nas ilhas que alcançaram este objetivo, a implementação de uma estratégia piloto para erradicação total da varroose, bem como a criação de um plano de contingência com o propósito de evitar a entrada na Região de outras pragas e doenças.