“O novo tipo de vaca que substituiu as existentes na ilha, os hábitos alimentares e a ordenha, fizeram do queijo de São Jorge um produto igual a tantos outros”.
Para Nemésio Serpa, todas as alterações verificadas nos últimos tempos, tiraram do queixo da ilha de São Jorge o seu paladar e aroma únicos, tornando-se, o chamado “queijo da Ilha” igual a tantos outros, tendo perdido a sua identidade.
O “tipo de vaca introduzida no arquipélago nada tem a ver com a vaca dos Açores” – adianta Nemésio Serpa – acrescentando que, com “tanta teconologia e com tanta ciência, o queijo perdeu o primor de outros tempos“.
“É possível recuperar – afirma o cooperativista – com a ajuda da Universidade dos Açores, mas essa recuperação tem que ser feita sem ciúmes, nem escondendo dados que podem ser importantes“.
Nemésio Serpa aponta ainda outro erro: “a comercialização do queijo feita, apenas, por uma única entidade limita a concorrência entre Cooperativas e o queijo de São Jorge chega a ser vendido abaixo do custo de produção“.