Questões sociais e investimento são prioridades para Plano e Orçamento

Os quatro mais pequenos partidos representados no Parlamento dos Açores apresentaram ao executivo as suas prioridades para o plano e orçamento da região em 2012, centradas nas questões sociais e no apoio ao investimento reprodutivo.
“Os tempos são difíceis, sabemos que haverá alguma redução de verbas, mas há que atender às necessidades das famílias, dos doentes e dos idosos”, afirmou Artur Lima, presidente do CDS/PP nos Açores, defendendo a necessidade de “manter alguma ética social nesta austeridade”.

Nas declarações que prestou aos jornalistas no final da audiência com o presidente do Governo Regional, salientou ainda a importância de ser feita uma “reprogramação” das obras públicas, para permitir um equilíbrio das contas públicas.

“É fundamental dar um exemplo de rigor ao país e à Europa”, frisou.

Para Zuraida Soares, coordenadora regional do BE/Açores, o mais importante nesta altura é “saber que dinheiro há para gastar em 2012”, salientando que, por essa razão, o seu partido não apresentou propostas concretas de investimento regional, apenas defendeu que deve ser “o mais reprodutivo possível”.

A líder regional do BE/Açores frisou que é necessário conhecer o memorando de entendimento que está a ser negociado entre os governos regional e nacional, atendendo a que “terá consequências no orçamento regional de 2012”.

O combate “eficaz” à economia paralela, que representa actualmente cerca de 40 por cento na região, e o fim das “escandalosas derrapagens” nas obras públicas foram também defendidos por Zuraida Soares.

Por seu lado, Aníbal Pires, coordenador regional do PCP/Açores, defendeu a importância de “manter o nível de investimento público de apoio ao sector produtivo, numa filosofia de produzir local e consumir local”, salientando ainda a necessidade de medidas para “dinamizar o comércio interno”, o que passa por “transportes aéreos e marítimos adequados à realidade do arquipélago”.

As questões sociais são também uma preocupação para os comunistas, que vão propor no parlamento a actualização do complemento regional de pensão e o salário mínimo regional, mas também medidas de “compensação regional dos efeitos de medidas tomadas na República”.

Para o presidente do PPM/Açores, Paulo Estêvão, nesta época de crise “deve-se cortar onde é menos prioritário e apostar em áreas fundamentais”.

Nesse sentido, defendeu a importância das áreas sociais e uma aposta no desenvolvimento da agricultura, das pescas e do turismo.

Paulo Estêvão propôs ainda que o Governo Regional assuma o financiamento da RTP/Açores no valor do corte de 30 por cento que foi anunciado, defendendo que este canal de televisão “é fundamental para a afirmação da autonomia”.

A ronda de audiências para preparar o Plano e o Orçamento da Região para 2012 prossegue esta tarde com o PSD e o PS.

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here