Racionalização de meios nas Forças Armadas não pode pôr em causa papel do Estado

O presidente do Governo dos Açores, Carlos César, admitiu a importância da racionalização de recursos, mas frisou que uma diminuição de meios das Forças Armadas na região não pode colocar em causa as funções de representação do Estado.

“Como princípio, a racionalização de meios é sempre aconselhável, a questão é a medida e a consideração do papel do Estado nas regiões autónomas”, afirmou Carlos César em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada.

Carlos César comentava a intenção anunciada esta semana pelo chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), Luís Araújo, de transferir competências do Comando Operacional dos Açores para o Comandante Operacional Conjunto, no quadro de uma racionalização de recursos nas Forças Armadas.

Para o presidente do executivo regional, que admitiu não conhecer “os termos e dimensão da racionalização de recursos e meios das Forças Armadas” nos Açores, o que está em causa é a “consideração do papel do Estado nas Regiões Autónomas”.

“Se a medida for desadequada e a sua dimensão puser em causa essa representação, o Governo Regional vai opor-se. Se assim não for, o CEMGFA não fará mais do que a sua obrigação de gerir bem a instituição a que preside”, afirmou Carlos César.

 

Lusa

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