Rastreio ao cancro do colo do útero rastreou 10.000 mulheres em 15 meses

A fase experimental do rastreio do cancro do colo do útero nos Açores permitiu “efetuar 10.000 citologias ginecológicas em 15 meses”, que detetaram 244 situações pré-malignas com lesões de baixo e alto grau

Os dados foram hoje revelados à Lusa por Raúl Rego, presidente do Centro de Oncologia dos Açores e coordenador geral dos programas de rastreio, à margem das XXXVII Jornadas Médicas das Ilhas Atlânticas, que decorrem em Ponta Delgada.

O rastreio ao cancro do colo do útero, ainda em fase experimental, tem como população alvo as mulheres com idade compreendida entre os 25 e os 64 anos, tendo este responsável revelado que cerca de 25 por cento das mulheres observadas apresentavam pequenos problemas, mas sem caráter maligno.

Por outro lado, Raúl Rego salientou que “a primeira volta do rastreio do cancro da mama nos Açores, concluída em dezembro de 2010, permitiu detetar 73 casos em cerca de 19.200 mulheres rastreadas”, destacando “a excelente taxa de participação de 51,4 por cento”.

“A primeira volta envolveu cerca de 19.200 mulheres, das quais cerca de 1.800 foram à consulta de aferição e tivemos uma taxa de mortalidade de 3,9 por cento”, afirmou, acrescentando que a segunda volta do rastreio do cancro da mama teve início em janeiro.

Raúl Rego, que fez o ponto da situação dos três rastreios de cancro nos Açores, referiu ainda que, o rastreio do cancro da mama envolve um custo entre 175 a 200 mil euros por ano, o do colo do útero entre 150 a 175 mil euros anuais, estimando-se que rastreio ao cancro do colo retal não ultrapasse 300 mil euros.

Em relação ao rastreio do cancro colo retal, que deve arrancar em 2012, salientou que vai ter como “referência o exame endoscópico”, que considerou ser “muito eficaz”, tendo como população alvo homens e mulheres entre os 50 e 70 anos.

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