O Secretário Regional da Saúde foi o primeiro utente a testar o projeto piloto que substitui o papel pelo formato digital na receita médica e na compra de medicamentos, sendo a ‘receita sem papel’ uma realidade a partir de hoje nos centros de saúde de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória.
Rui Luís, em declarações aos jornalistas, salientou que este é um “momento histórico”, acrescentando que se trata de “um passo importante para otimizar a utilização das tecnologias na relação com o utente”.
O Secretário Regional, após uma consulta no Centro de Saúde de Angra do Heroísmo, deslocou-se a uma farmácia desta cidade para adquirir os medicamentos prescritos.
Rui Luís adiantou que, no prazo máximo de seis meses, este modelo de ‘receita sem papel’ deve estar a funcionar em todas as unidades de saúde da Região.
O novo modelo permite ao utente dispensar alguns medicamentos que constam da receita e levantá-los mais tarde noutra farmácia, além de introduzir poupanças no Serviço Regional de Saúde.
Cada receita é acompanhada de uma mensagem SMS enviada para o telemóvel do utente e de uma mensagem por correio eletrónico com as informações relativas à toma dos medicamentos.
Para o levantamento da receita na farmácia, o utente deve apresentar o seu Cartão de Cidadão e o código de dispensa recebido na mensagem que lhe foi remetida.
Numa fase de transição, ninguém fica impedido de aceder aos seus medicamentos caso esteja impossibilitado de utilizar a opção digital, existindo sempre a possibilidade de impressão da guia de tratamento.
Para Rui Luís, as vantagens deste modelo estendem-se também à humanização dos serviços.
”Estamos convencidos que a desmaterialização irá dar mais tempo ao médico para estar com o seu utente porque, como é óbvio, e esse é o nosso objetivo, desmaterializando toda a parte burocrática teremos mais tempo para cuidar do utente”, afirmou o titular da pasta da Saúde.