Recluso agrediu guarda prisional na Cadeia de Ponta Delgada

Um recluso agrediu esta semana um guarda prisional na Cadeia de Ponta Delgada, nos Açores, naquele que foi o terceiro incidente do género ocorrido este ano, revelou hoje Ivo Garcia, do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional.

“Aconteceu novamente uma agressão de um recluso a um guarda, que teve que dar entrada no hospital para ser atendido nas urgências”, afirmou o dirigente sindical, acrescentando que o guarda “foi agredido a murro na cara”.

Ivo Garcia frisou que esta é uma situação que começa a ser recorrente neste estabelecimento prisional, pelo que o sindicato defende que, além da separação do recluso que agride um guarda, ele deve ser transferido de cadeia.

“O recluso, depois de cumprir a medida disciplinar, que é normalmente a medida de separação, deve ser imediatamente transferido, independentemente de ter uma pena longa ou curta”, afirmou.

O dirigente sindical alertou para “o lado humano do guarda prisional que sofre a agressão”, salientando os constrangimentos que resultam de uma situação deste género.

“Os guardas prisionais têm família, não se podem meter em problemas. Se respondessem também com força física iriam ter problemas”, afirmou, defendendo que “qualquer recluso que agrida um guarda tem de ser transferido para outro estabelecimento prisional porque não existem condições para continuar no mesmo”.

Para Ivo Garcia, esta é uma medida necessária para manter ordem dentro de uma prisão com falta de guardas prisionais, sobretudo numa altura em que os concursos estão congelados.

“O concurso de guardas prisionais tem sido sucessivamente adiado, havia um que estava previsto para setembro mas não sabemos como está”, afirmou.

O Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada tem 160 reclusos e 57 guardas prisionais.

A Lusa tentou obter uma reação do diretor da Cadeia de Ponta Delgada, mas o responsável prisional encontra-se incontactável.

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