O Parlamento dos Açores aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, o projeto de resolução apresentando pelo CDS que recomenda ao Governo Regional que promova a divulgação da certificação civil do Aeroporto das Lajes junto de todas as entidades nacionais e internacionais, bem como promova a angariação de novos fluxos turísticos para a ilha Terceira.
Artur Lima, que falava na Assembleia Legislativa, na cidade da Horta, salientou que a aprovação desta iniciativa representa um contributo fundamental para o desenvolvimento económico e para a coesão da Região, sendo também importante para a consolidação do setor turístico nos Açores, em geral, e na ilha Terceira, em particular.
O líder democrata-cristão destacou, no entanto, que as “limitações verificadas em consequência do uso militar da Base das Lajes condicionavam, e ainda hoje condicionam, prejudicialmente, a economia da ilha Terceira e a mobilidade de todos aqueles que potencialmente a procuram”.
“Nós não estamos satisfeitos com a certificação civil da Base das Lajes. Foi um passo dado em frente, que teve várias fases de desenvolvimento e que começou mal. Contudo, são vários os constrangimentos que ainda precisam de ser ultrapassados”, afirmou, relembrando um reivindicação com 10 anos do CDS para que seja aumentada a Placa C. “Só temos um aeroporto verdadeiramente civil com capacidade, quando aumentarmos a placa de estacionamento civil denominada Placa C”, defendeu Artur Lima.
Nesse sentido, a Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas assumiu, e no que se refere à possibilidade de aumento da placa de estacionamento ‘Charlie’, que, neste momento, prefere investir na requalificação da placa e não no seu aumento, já que esta “tem capacidade para quatro ou cinco aeronaves, dependendo da posição em que estacionam” e o aeroporto todo “tem capacidade para 53 aeronaves, mais 30 caças, portanto, não parece que tenhamos um problema de espaço”.
Ana Cunha relembrou que o processo de certificação da Base das Lajes para utilização permanente pela aviação civil teve “implicações muito relevantes ao nível operacional”, que se prendem, sobretudo, com a agilização da operação, salientando que uma das implicações “bastante relevantes” prende-se com “as interdições, por motivos de defesa nacional, que, antigamente, poderiam ser impostas a qualquer momento e, neste momento, são, por regra, comunicadas com 15 dias de antecedência, o que, desde logo, evita inúmeras situações de irregularidades, porque dá tempo perfeitamente para avisar a aviação civil e adequar a operação da aviação civil a essas interdições”, garantindo que este processo tornou o Aeroporto das Lajes mais atrativo, já que “um aeroporto é tão mais atrativo quanto a sua capacidade de fornecer mais serviços céleres e, sobretudo, do preço desses serviços”.
No que se refere à promoção da divulgação da certificação civil do Aeroporto das Lajes, a Secretária Regional frisou que a mesma ocorreu, para além da divulgação nos meios de comunicação social, junto dos “principais ‘sites’ de aviação civil, junto das entidades que têm capacidade ou competência para fazer a divulgação e o fornecimento das informações aeronáuticas, nomeadamente através da Força Aérea, através da ANAC e, sobretudo, da NAV, que é quem divulga essa informação”.