Carlos César rejeitou este sábado, ser “um slogan publicitário” afirmar que a crise que afecta o país chegou mais tarde e com menos efeitos ao arquipélago.
O presidente do Governo, que participava no encerramento das VI Jornadas Parlamentares do PS/Açores, citou os dados divulgados pelo INE e que revelam que em 2008-2009 os Açores foram a região portuguesa com maior crescimento e desempenho, permitindo aos Açores deixar o último lugar que ocupava em 1996 quando o PS chegou ao poder. “Hoje atingimos 96% do PIB nacional e igualámos praticamente a média nacional do rendimento de todas as famílias” enalteceu o governante.
Segundo César, o crescimento actual da Região começa a preocupar os analistas económicos, com a perca eventual de fundos europeus ou por via da lei das finanças regionais, ao que responde, “ oxalá sejamos capazes de crescer muito mais para cada vez mais dependermos menos destes fundos exteriores para o nosso desenvolvimento regional …”.
O PS/Açores “ não se ilude com estes dados”, considerando ser fundamental “compensar as dificuldades e superá-las no sentido da afirmação dos Açores no futuro”, prosseguiu, dando como exemplo as medidas de compensação sociais adoptadas nos últimos meses.
Indo de encontro ao tema das Jornadas “Emprego e Competitividade”, realçou ainda as medidas destinadas às empresas nomeadamente nas facilidades de aquisição de crédito, apoios especiais e incentivos, com o objectivo de que as empresas recuperem, recapitalizem e continuem no mercado conseguido melhorar a vida de várias famílias e segurar empregos.
Se às linhas de acção definidas pelo Governo se “somar a eficiência com que já se procedeu à implementação em todas as empresas do sector público empresarial de um plano de poupança que assegurará, em 2011, uma redução dos custos operacionais e o cumprimento integral dos objectivos expostos no Orçamento de Estado, nós podemos dizer ao país que conseguimos fazer duas coisas ao mesmo tempo: poupar mais do que o país tem poupado e investir mais nas pessoas do que o país tem investido”, alegou o Presidente do PS/Açores.
O líder do PS/Açores, Carlos César, garantiu ainda que a Autonomia não desobriga os Açores de contribuir para os objectivos orçamentais do país, mas assegurou que este esforço regional deve ser feito da forma que a Região entender ser a mais adequada.
“A Autonomia política que nós temos não nos isenta de cumprir os objectivos nacionais, determina que o façamos na mesma dimensão, mas a nossa Autonomia determina, também, que devemos fazê-lo da forma que entendermos social e economicamente mais adequada aos Açores”, afirmou o presidente do Governo Regional.