O Plano foi aprovado pelo PS, PP e PCP, com os votos contra do Bloco de Esquerda, PSD e PPM. Já o Orçamento passou com os votos do PS e PCP, a abstenção do PP e os votos contra do PSD, PPM e Bloco. As orientações a médio prazo acabaram aprovadas pelo PS, com a abstenção do PCP e PP e os votos contra do PSD, Bloco e PPM.No final da jornada parlamentar, já de madrugada e a fim de cumprir os prazos regimentais (três dias para aprovação do Plano e Orçamento anual e Orientações a Médio Prazo), a declaração de voto do líder da bancada laranja reflectiu a reacção do PSD.
“Ficaram provadas as suspeitas que tínhamos”, disse António Soares Marinho para quem o Governo e o PS têm uma “obsessão doentia pelo PSD”.
O Governo, disse, preferiu “chumbar propostas que os principais destinatários (como as empresas) “tinham acarinhado”. Isto, acrescentou, para “afinal acabar por aplicar muitas delas”.
António Soares Marinho comentou o que chamou de hábito do presidente do Governo de reservar o anúncio de medidas para a intervenção final da discussão parlamentar do Plano e Orçamento no Parlamento mas, disse, “desta vez não trouxe novidades” pois – acrescentou – as medidas anunciadas foram propostas pelo PSD, vestidas “de novas roupagens”.
Terminou dizendo que o PSD está de “consciência tranquila” o que “os senhores (Governo e PS) não vão ficar”.
Por sua vez, o líder da bancada socialista, Hélder Silva questionou na sua declaração de voto :”Quem se isolou (neste debate)? (…) Minoria não é sinónimo de humildade”.
O PPM, Paulo Estêvão, quis nesta oportunidade reagir às declarações de Carlos César afirmando não fazer um exercício de critica ao Plano e Orçamento “por desejar que as ‘coisas’ corram mal” mas sim porque entende que na actual situação de crise “é importante dizer a verdade”.
Para Aníbal Pires, da CDU, o Governo Regional ‘sai’ “enriquecido com documentos que precisa e que foram, disse, enriquecidos com propostas da oposição.
Por sua vez, o líder popular, Artur Lima, considerou que o CDS-PP sai com a legitimidade de ser uma oposição que fiscaliza o Governo.
Por fim, Zuraida Soares do Bloco de Esquerda considerou que “nenhum partido tem que pedir desculpa por rejeitar propostas” e que apesar de uma forma isolada o BE nem teria problema em votar a favor de algumas medidas do Governo, entende que em termos estruturantes do Plano existe uma divergência de fundo, como na parte que respeita às privatizações.
Os trabalhos terminaram depois das 02h00 com o retomar agendado para as 10h00 desta sexta-feira a fim de debater e votar a criação de uma comissão eventual para análise das elevações de Vila Franca e Lagoa, em São Miguel, a cidade.
Olímpia Granada (in AOriental)
