O diploma, que está a ser preparado em colaboração com a Secretaria Regional do Ambiente, pretende evitar que “os cientistas recolham amostras, registem patentes e a região não ganhe nada com o processo”.
José Contente revelou, por outro lado, que os Açores vão ter “um novo sistema científico e tecnológico” assente na valorização e na qualificação, com reflexos ao nível das necessidades em termos de bolsas e da investigação e desenvolvimento em contexto empresarial.
“Estamos num período de grandes reformas no sistema científico e tecnológico regional que nos vai permitir aproximar cada vez mais dos parâmetros europeus”, frisou, acrescentando a importância do “retorno” do investimento que o executivo regional faz em ciência e tecnologia.
Para José Contente, “é preciso que o investimento tenha não só uma grande ligação às empresas, como tenha retorno em termos da transferência do conhecimento para as empresas e as empresas tenham mais-valias com esse conhecimento”.
Na reunião do Conselho Regional para a Ciência e Tecnologia, um órgão consultivo do Governo dos Açores, estiveram em análise os programas de apoio em vigor nesta área.
“Temos um grande número de investigadores que são bolseiros, num total de 117, e temos ainda em vista o lançamento de novas bolsas de doutoramento e pós-doutoramento”, salientou José Contente, acrescentando que este ano serão realizados nos Açores 34 eventos científicos.