O presidente da Empordef, Vicente Ferreira, afirmou hoje, em entrevista à Lusa, que o processo que envolveu a rejeição, pelos Açores, da encomenda de dois ‘ferryboats’ aos Estaleiros de Viana representou a “certidão de óbito” da empresa.
“Foi a certidão de óbito dos estaleiros. Desde dezembro de 2009 passou-se a viver numa situação desesperada e só graças a fundos públicos é que ela [a empresa] se sustentou até meados de 2011”, apontou, recordando a impossibilidade de injetar mais financiamento estatal na empresa, face às regras comunitárias da concorrência.
O administrador da Empresa Portuguesa de Defesa (Empordef) – que detém a totalidade do capital social dos estaleiros -, referia-se à encomenda dos navios “Atlântida”, concluído, e do “Anticiclone”, em blocos, que foi rejeitada pela empresa pública dos Açores Atlânticoline, alegando incumprimento contratual, nomeadamente na velocidade máxima do primeiro.
Lusa