Relação anula acórdão que condenou suspeito do caso “O Avião”

O Tribunal da Relação de Lisboa anulou o acórdão da sentença de 22 anos de prisão ao homem acusado da morte do proprietário do bar de striptease “O Avião”, por considerar a decisão mal fundamentada, disse à Lusa o advogado.

Em Março, o colectivo de juízes das Varas Criminais de Lisboa tinha condenado Jorge Chaves, de 36 anos, a 22 anos de prisão pelo crime de homicídio qualificado do empresário José Gonçalves. No entanto, segundo explicou à Agência Lusa o advogado do arguido, Melo Alves, o Tribunal da Relação de Lisboa entendeu que a decisão para condenar Jorge Chaves não foi bem fundamentada, uma vez que se baseou essencialmente na faturação detalhada do telemóvel, que teria servido para ativar a bomba que matou José Gonçalves. “A Relação entendeu que o acórdão teria de ser reformulado porque se for retirada a faturação detalhada não há mais nada que prove factualmente que o Jorge Chaves matou ou tenha mandado matar o José Gonçalves”, apontou o advogado. Melo Alves classificou esta decisão da Relação de Lisboa como “uma grande vitória” e considerou que este processo sofreu “uma reviravolta completa”. Jorge Chaves foi acusado de ter construído uma bomba que vitimou José Gonçalves na madrugada de 02 de dezembro de 2007. O homicídio ocorreu quando o proprietário abandonava o bar, ao volante do seu automóvel, na companhia de duas bailarinas, que saíram ilesas da explosão. Jorge Chaves era sócio de José Gonçalves no bar “Show Girls”, em Ponta Delgada, nos Açores, desde 2002, mas desentenderam-se depois de o primeiro alegadamente ter usado para proveito próprio dinheiro da sociedade e falsificado várias assinaturas do segundo.

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