Relatório da IRS confirma que não estão a ser cumpridos tempos máximos de listas de espera cirúrgicas, denuncia PSD/A

A deputada do PSD/Açores, Mónica Seidi, considerou hoje que o Relatório da Inspeção Regional de Saúde (IRS) – um organismo na dependência do Governo Regional -, “dá razão ao que o PSD/Açores tem sucessivamente denunciado, no que concerne ao funcionamento do Serviço Regional de Saúde (SRS), em matéria de listas de esperas cirúrgicas, e no incumprimento da portaria nº 58/2015 de 6 de maio, que define os Tempos Máximos de Resposta Garantida (TMRG)”, avançou.

“São matérias que temos trazido a debate por diversas vezes, pois realmente discordamos do que se passa neste setor, e um assunto que o Governo Regional não consegue resolver”, afirma a vice-presidente da bancada social democrata.

Para o PSD/Açores, as questões estruturais e os constrangimentos que tem vindo a surgir “devem ser antecipados de forma perspicaz pelo executivo, para que se consiga programar e planear o futuro, causando o mínimo de danos possíveis aos utentes do SRS”, explica a deputada.

“Esperemos que agora, após ter sido conhecido este relatório da IRS, surjam medidas efetivamente concretas, em prol dos utentes do SRS. Refiro-me concretamente à importância da Produção Cirúrgica adicional. No entanto é necessário criar condições para que esta funcione de forma adequada, e que sejam eliminados os constrangimentos que dificultam a mesma”.

“A falta de respostas sociais destinados ao idoso é um dos fatores que, consequentemente, têm levado ao cancelamento de cirurgias por falta de camas disponíveis”, diz Mónica Seidi.

Acresce ainda que “não estão a ser oferecidas alternativas a estes doentes, sendo por isso necessário encontrar respostas possíveis, nomeadamente a realização de convenções entre o SRS e outras entidades que permitam cumprir os TMRG”, acrescenta.

Para Mónica Seidi, o problema “não se cinge apenas à especialidade de Otorrinolaringologia, pois é transversal a praticamente todas as especialidades cirúrgicas”, além de que relativamente a “tempos médios” não se deveriam misturar doentes há anos em Lista de Espera com os que são submetidos a intervenções cirúrgicas após admissão pelo serviço de urgência”, alerta.

“O Governo Regional é o principal incumpridor do que cria”, afirma a parlamentar, referindo-se à portaria dos (TMRG) e à falta de transparência no acesso a intervenções cirúrgicas”, concretiza.

Mónica Seidi lembra ainda que os últimos disponíveis “são de maio de 2018, ou seja, têm 14 meses, além de que continuamos sem saber quantos açorianos aguardam a realização de uma cirurgia”, denuncia.

A deputada conclui referindo que a motivação do PSD/Açores “são os cuidados de saúde centrados nos utentes açorianos, que estão reféns de um duplo incumprimento do SRS, numa realidade que é inadmissível, e em que os utentes continuam a ser os principais prejudicados”, disse.

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