Remuneração compensatória é “injusta e divisionista”

O secretário-geral dos TSD classificou hoje como “injusta e divisionista” a decisão do governo regional de criar uma remuneração compensatória para cobrir o corte de vencimento dos funcionários da administração pública regional que têm um rendimento mensal entre 1500 e 2000 euros.

“É uma proposta injusta e divisionista porque se dirige a 3700 funcionários e marginaliza os mais de 96 mil dos cerca de 100 mil trabalhadores que compõem a população ativa da Região. A esmagadora maioria pertence ao setor privado, cujos trabalhadores também vão sofrer as consequências do agravamento do IVA, do IRS e de todas as medidas de austeridade que o governo da República vai implementar”, afirmou Arménio Santos, após uma reunião com dirigentes da UGT/Açores.

Segundo o dirigente social-democrata, a proposta do governo regional é “profundamente injusta”, dado que “deixa de fora muitos funcionários públicos das administrações central, regional e local”.

“É lamentável que o governo regional se tenha lembrado de 3700 trabalhadores e esquecido aqueles outros das administrações central, regional e local, como também todos os outros açorianos do setor privado”, salientou.

A este propósito, Arménio Santos referiu que, na semana passada, o PSD/Açores propôs no debate do Orçamento a redução em 30 por cento das taxas de IRS até ao quarto escalão, uma proposta que considerou “justa”, dado que permitiria beneficiar toda a classe média açoriana, e que foi chumbada pelo PS.

O secretário-geral dos TSD, que se fez acompanhar pelo presidente da estrutura regional da organização, Rui Ramos, iniciou a deslocação à Região com a apresentação de cumprimentos à presidente do PSD/Açores.

No encontro com Berta Cabral, foi analisada a atual situação económica e social do país e dos Açores, nomeadamente a questão do aumento do desemprego, que atingiu este ano os valores mais altos de sempre a nível nacional e regional.

Arménio Santos e Berta Cabral manifestaram que a criação de emprego deve ser a grande prioridade dos governos, de forma a contrariar a crise.

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