O Grupo Parlamentar do PS/Açores destacou, ontem, a importância da requalificação da bacia hidrográfica da Lagoa das Furnas, um vultuoso investimento do Governo Regional que prova ser possível conciliar uma aposta transversal ao nível do ambiente, do turismo e da cultura.
“O propósito do Grupo Parlamentar, ao visitar a intervenção na bacia hidrográfica da Lagoa das Furnas, foi verificar, no terreno, o grande investimento que está a ser feito pelo Governo dos Açores, em termos ambientais, que tem, também, um retorno muito mais transversal”, explicou a vice-presidente da bancada socialista, Catarina Furtado.
A deputada do PS/Açores falava aos jornalistas durante uma visita às obras de requalificação das margens da Lagoa das Furnas, um investimento de cerca de cinco milhões de euros, que contou com a presença do secretário regional do Ambiente, Álamo Meneses.
Segundo Catarina Furtado, foi possível constatar, nesta empreitada, uma “preocupação que vai muito para além da parte ambiental”, mas que tem na recuperação da água da Lagoa das Furnas o objectivo central de toda a intervenção, o que implica um vasto trabalho de reflorestação pouco visível às pessoas.
“A reflorestação está a ser feita com uma atenção particular de várias espécies características dos Açores, com vários pólos de interesse”, disse a vice-presidente da bancada do PS/Açores, que destacou a aposta acertada no “triângulo essencial para os Açores composto pelo Ambiente, Cultura e Turismo”.
Catarina Furtado reforçou, ainda, a “excelente opção” do arquitecto na solução encontrada para o espaço em causa, alegando que, quanto a obra estiver completa, será minimalista e a sua inserção não tirará o mínimo de atenção à Lagoa das Furnas, que continua a ser um dos grandes cartazes turísticos desta região.
A empreitada em curso para as margens da Lagoa das Furnas prevê um conjunto de valências que vai permitir criar um espaço onde se pode passar mais do que um dia, através da visita não só à lagoa, mas a toda a bacia hidrográfica, através de trilhos pedestres.
A Intervenção tem o objectivo central de recuperação da água da Lagoa, que continua a ser o centro de toda a paisagem, e que vai incluir, ainda, um centro de interpretação, um espaço de reduzidas dimensões de fruição da própria lagoa.
Nas margens da lagoa, o Governo dos Açores está a investir cerca de cinco milhões de euros, no âmbito de uma intervenção global que se aproxima dos 20 milhões de euros. Parte substancial desta verba destinou-se à aquisição de terrenos e florestação da bacia hidrográfica.
Até ao momento, a aquisição de terrenos tem sido feita por comum acordo com os respectivos proprietários.
