O Deputado ao Parlamento Europeu, Luís Paulo Alves, através da presença em Copenhaga do seu Gabinete, acompanhou de perto os trabalhos da Cimeira, mostrando-se no fim desta, muito preocupado com o acordo conseguido.
Luís Paulo Alves, antes do início da Cimeira afirmou que”ninguém pode hoje ignorar a extrema urgência da conclusão de um acordo internacional “pós Kyoto” com vista à redução substancial das emissões de CO2. Temos que garantir que a terra não aquece mais de 2 graus. Para isso as emissões globais têm de diminuir pelo menos 30% nos próximos 10 anos” e que “a União Europeia tem que continuar a ter um papel de liderança e a falar a uma só voz em matéria ambiental. Terá que utilizar todo o seu peso político para conseguir que um acordo firme seja concluído pelas maiores potências mundiais na próxima cimeira de Copenhaga.”
Por isso, o Eurodeputado mostra-se agora bastante insatisfeito, devido a nenhum destes objectivos ter sido cumprido. O documento final não definiu metas de redução das emissões. A proposta ambiciosa que a UE vinha defendendo desde Dezembro de 2008, quando aprovou o Pacote Clima – Energia, acabou por ser posta de lado, tendo os EUA negociado com as quatro maiores economias emergentes – China, Índia, Brasil e África do Sul – o acordo anunciado.
O Deputado critica ainda o afastamento das Organizações Não Governamentais (ONG) nos últimos três dias da Cimeira, dizendo que este é um problema grande demais para que alguém seja afastado da sua resolução e conclui afirmando que é crucial fixar metas ambiciosas no curto prazo, afim de entre vários objectivos garantir a redução da taxa de absorção de dióxido de carbono pelos oceanos, questão crucial para os Açores, visto o nível de acidificação dos Oceanos ter vindo a aumentar consecutivamente, o que pode vir a trazer, problemas para aqueles que utilizam o mar como meio de subsistência, nomeadamente através da pesca.