O PSD/Açores considerou hoje “muito preocupantes” os resultados obtidos pelos alunos açorianos nos exames nacionais, alegando que “o futuro está comprometido pelo insucesso das políticas socialistas”.
Joaquim Machado, em declarações à margem de uma reunião com professores contratados, afirmou serem “muito preocupantes os resultados obtidos pelos alunos açorianos nas provas finais de ciclo e nos exames nacionais do ensino secundário. Temos professores competentes e empenhados, mas falta uma estratégia para a educação”.
O deputado do PSD/Açores denunciou o que considera ser “a política socialista da improvisação”, sublinhando que os programas de recuperação de escolaridade e de combate ao insucesso são desenhados sem uma visão prospetiva, aplicados de forma apressada e logo depois substituídos sem a devida avaliação.
Joaquim Machado referiu que, ano após ano, os Açores continuam abaixo da média nacional em praticamente todas as disciplinas e isso “só pode ter uma leitura política, que é a incapacidade dos sucessivos titulares da pasta da Educação”.
“Em quase 18 anos de governação socialista passaram pela secretaria regional da Educação cinco governantes e os resultados atiraram a Região para a cauda do país. Por muito que custe aos socialistas, nesta área não é possível atribuir culpas a terceiros. Os Açores dispõem de legislação própria no setor da educação, ao nível do currículo e da contratação de docentes, por exemplo, mas o insucesso escolar é gritante”, frisou.
Relativamente à melhoria das notas dos exames nacionais do ensino secundário invocada pelo Governo Regional, o deputado social-democrata faz notar que se trata apenas de um insignificante acréscimo de 46 centésimas de valor (de 9,319 para 9,365 valores).
“A manter-se este ritmo só daqui a 14 anos vamos atingir uma média positiva”, disse Joaquim Machado.
“Ademais, nas disciplinas de Biologia/Geologia e Física e Química, onde se registaram subidas relativamente ao ano anterior, a média obtida pelos alunos açorianos foi inferior à verificada no ano letivo 2010/2011. A estes resultados não deverá ser alheia a circunstância de na Região a carga horária destas disciplinas no 3º ciclo ser inferior à do resto do país”, explicou o parlamentar.
Para Joaquim Machado, o futuro “é ainda mais preocupante, considerando os resultados nas provas finais de ciclo também agora conhecidos, onde os resultados dos alunos açorianos se situam entre seis e 10 pontos percentuais abaixo das médias nacionais”.