Reunião entre administração da Sata e plataforma sindical foi inconclusiva

A reunião de hoje entre a administração da transportadora aérea Sata e a plataforma de sindicatos que convocou a greve das próximas semanas revelou-se inconclusiva, não estando agendado um novo encontro.

A informação foi referida aos jornalistas pelo porta-voz da plataforma dos sindicatos, Jaime Prieto, à saída da reunião, que decorreu em Ponta Delgada.

A greve, agendada para 23, 24 e 25 de abril e 02, 03 e 04 de maio, coincidindo com o rali dos Açores e as festas do Santo Cristo, foi convocada pela não aplicação na Sata do acordo que os sindicatos assinaram com a administração da TAP com o objetivo de evitar os cortes salariais médios de 5% previstos no Orçamento do Estado.

“Para já não saiu nada factual e significativo que nos permita dirimir este conflito que existe e que crie a igualdade entre os trabalhadores do continente e do arquipélago dos Açores no que toca ao mercado da aviação”, declara o sindicalista.

Depois de quatro horas de negociações, Jaime Prieto referiu que “infelizmente” a greve dos trabalhadores da Sata mantém-se, mas salvaguarda que as negociações “não estão de todo fechadas” e “nunca estiveram”.

“A plataforma que representa os trabalhadores nunca estará fechada a elas. Se a solução for nos moldes de conforto do Governo dos Açores será sempre bem-vinda. Terá é que ser sempre uma solução que não crie uma discriminação negativa dos trabalhadores açorianos. Isso não pode acontecer”, declara Jaime Prieto.

Jaime Prieto lamenta que a opinião pública esteja a ser informada em todo este processo com “meias verdades” e refere que a não se chegar a um consenso nesta matéria vai haver “efeitos negativos” para a estabilidade operacional do próprio grupo.

O presidente do conselho de administração da Sata, Gomes de Menezes, destacou o “diálogo permanente” e “construtivo” que tem vindo a privilegiar com os sindicatos.

“Procuramos nas matérias legalmente admissíveis apresentar um conjunto de propostas técnicas que trazem benefícios para ambas as partes, através de mais disponibilidade e produtividade com justas e adequadas condições para ambas as partes”, declarou Gomes de Menezes.

O presidente da transportadora açoriana afirmou que foi “lançado um repto” aos sindicatos para trabalharem as propostas apresentadas, que podem ser melhoradas pelos mesmos.

“Existem nestas propostas algumas compensações em troca da melhoria da disponibilidade dos trabalhadores para tornarem a empresa mais produtiva”, referiu.

Gomes de Menezes destacou que as compensações financeiras não serão “necessariamente” na expressão dos 3,5% aos 10% pretendidos pelos sindicatos, dependendo do “contributo da produtividade” do trabalhador.

Gomes de Menezes disse ainda que o grupo está na posse de um parecer jurídico interno e outro externo que “reflete bem” o que é “admissível” no grupo Sata neste contencioso com os sindicatos.

 

Lusa

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