Revendedores de combustíveis alertam para possível encerramento de postos

A Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD) alertou hoje para a “situação gravosa” em que se encontram os revendedores de combustíveis de S. Miguel e Santa Maria alertando para possíveis encerramentos.
“Perspectiva-se o espectro de encerramento temporário e definitivo de postos de abastecimento estrangulados pela regulamentação existente e confrontados com sucessivos aumentos de custos operacionais”, refere a CCIPD.

Numa nota hoje divulgada, esta associação empresarial recorda que a actividade de revenda de combustíveis é “fortemente regulada pelo governo” e está “exposta ao poder negocial das grandes petrolíferas”.

A gravidade da situação foi confirmada à Lusa por Sónia Borges de Sousa, porta-voz dos cerca de três dezenas de revendedores de combustíveis existentes nas ilhas de S. Miguel e Santa Maria, admitindo que nas restantes ilhas do arquipélago a situação é idêntica.

Na origem deste problema estão as margens de comercialização, que deixaram de estar definidas legalmente desde que a respectiva legislação foi revogada com a liberalização do preço dos combustíveis.

“Quando o preço estava tabelado, havia legislação que definia as margens de revenda e tinha uma fórmula para a sua actualização Quando os preços foram liberalizados a nível nacional, mas continuaram tabelados nos Açores, deixou de existir essa legislação”, afirmou.

Por essa razão, nos Açores, os revendedores de combustíveis “passaram a ter que negociar as margens de revenda com as petrolíferas, o que é uma negociação desigual”.

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