O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas afirmou hoje, na Lagoa, que os jovens têm a “missão fundamental de continuar a construir” a Autonomia e a integração na União Europeia.
Rodrigo Oliveira, que falava nas comemorações do Dia da Europa, destacou que as “falhas e os problemas europeus são comuns e as soluções terão também de ser comuns”, sendo, por isso, fundamental “olhar para o passado e perspetivar o futuro”.
O Subsecretário Regional evocou Robert Shuman, um dos fundadores da Europa, a par de Jean Monet, para explicar que a sua Declaração, lida a 9 de maio de 1950, em Paris, deu início a um “processo excecional de mais de seis décadas de paz e progresso para a Europa”.
Rodrigo Oliveira salientou a necessidade de olhar para o passado e perceber que “a União Europeia e a Europa ultrapassaram crises terríveis no século anterior”.
“A década de 60 foi marcada por inúmeros conflitos institucionais e, não obstante, poucos anos depois, assistimos ao primeiro alargamento da União Europeia, com a constituição do Conselho Europeu e com a realização das primeiras eleições democráticas para o Parlamento Europeu”, frisou.
Rodrigo Oliveira sublinhou que “a Europa soube responder às novas democracias que saíam, por exemplo, da Revolução dos Cravos”, em Portugal, acrescentando que, ao longo dos anos e com a queda do muro de Berlim, “o espaço europeu integrou todos esses novos estados e soube ultrapassar-se, renovar-se e inventar-se”.
“Os pais fundadores da Europa souberam ser inventivos e inovadores”, afirmou, salientando que Jean Monet “nunca exerceu um cargo de nomeação política, mas é considerado um modelo inspirador desta Europa, pela sua capacidade técnica e de persuasão” e pelo trabalho desenvolvido nos bastidores de governos europeus e americanos.
Segundo o Subsecretário Regional, este exemplo serve para lembrar que a “construção europeia faz-se da vontade política, mas também de uma cidadania ativa”. “Estamos no Ano Europeu dos Cidadãos e, por isso, evocar a figura de Jean Monet é fundamental para termos todos a consciência de que, nas nossas funções, competências e atividades, temos um papel a desempenhar”, afirmou, salientando que a Europa e o seu contributo para Portugal e para os Açores são, de facto, muito importantes.
Rodrigo Oliveira afirmou que a Europa ganhou o contributo da Lusofonia, da Açorianidade e de mais de um milhão de quilómetros quadrados de Zona Económica Exclusiva, assim como da biodiversidade ambiental das várias Regiões Ultraperiféricas, frisando que o recurso a energias renováveis por parte dos Açores e as estações espaciais presentes na Região são também um contributo para a construção e desenvolvimento da Europa.
Na sua intervenção, evidenciou os poderes de participação que os açorianos têm no âmbito da União Europeia, com mecanismos ao nível da Assembleia e do Governo e com a representação em organismos europeus, que mostram as mais-valias da Região.
Lusa
