Rodrigo Oliveira importância do papel das Regiões Ultraperiféricas na União Europeia

O Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas defendeu, na ilha de Guadalupe, que as Regiões Ultraperiféricas (RUP) têm um papel a desempenhar na Europa, frisando que “são, provavelmente, o melhor exemplo” da concretização de uma Europa que se pretende unida nos valores da diversidade.

“As nossas regiões não são mais vistas como regiões de problemas, são regiões de oportunidade”, afirmou Rodrigo Oliveira, frisando que, no caso dos Açores, trata-se de uma região com “um grande potencial nas energias renováveis, nas ciências e na investigação”, além de ser “uma grande região marítima da Europa” e ter uma “localização privilegiada” e um papel a desempenhar na ligação da União com o continente americano.

Na intervenção que proferiu sexta-feira no encerramento da XX Conferência de Presidentes das RUP, onde representou o Presidente do Governo dos Açores, salientou a necessidade de se compreenderem “as problemáticas e as potencialidades de cada região, com flexibilidade, adaptabilidade e a necessária atenção às particularidades”.

“A Europa tende a olhar para as suas regiões por estatísticas, números, mas é preciso visitar, é preciso conhecer. As nossas regiões não são traduzidas em apenas números, estatísticas, distâncias, PIB ou desemprego, são regiões de grande valor para a União Europeia”, afirmou o Subsecretário Regional, que se dirigiu especialmente à Comissária Europeia para a Política Regional, Corina Cretu, que também participou nesta sessão de trabalho.

Rodrigo Oliveira, que apelou a um trabalho conjunto que envolva as Regiões Ultraperiféricas, recordou que o ponto de situação da Comunicação da Comissão Europeia de 2012, prevista para 2017, será uma oportunidade para se analisarem “as medidas que estão em falta”, nomeadamente o POSEI Energia e o POSEI Transportes, entre outras.

O Subsecretário Regional salientou a importância do “espírito de parceria que tem presidido aos trabalhos entre as Regiões Ultraperiféricas e a Comissão Europeia”, que tem permitido alcançar avanços significativos, mas frisou que “o trabalho de concretização daquele que é o imperativo previsto nos Tratados, de consagração de medidas específicas que tenham em conta as nossas características tão próprias, está ainda longe de ser realizado”.

“Do lado das Regiões Ultraperiféricas, terá sempre frontalidade e lealdade. Nem sempre estaremos de acordo, mas estaremos sempre prontos a discutir e a apresentar propostas e a vermos quais os melhores caminhos para concretizarmos esta que é a nossa ambição comum: potenciarmos as grandes mais-valias das nossas regiões”, afirmou Rodrigo Oliveira.

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