Este ano vão percorrer as estradas da ilha 57 grupos de romeiros, estimando-se que cerca de 2700 pessoas participem naquela que é uma das principais manifestações de religiosidade popular em S. Miguel.
A tradição determina que os primeiros grupos de romeiros iniciem a caminhada no fim-de-semana a seguir à Quarta Feira de Cinzas e que os últimos regressem às suas localidades na Quinta Feira Santa.
Durante a semana em que estão na estrada, os romeiros dormem em casas particulares ou em salões paroquiais, devendo iniciar a caminhada antes do amanhecer e entrar nas localidades logo a seguir ao por do Sol.
Os grupos de romeiros, que são organizados por localidades, devem caminhar sempre com o mar pela esquerda, num percurso que passe pelo maior número possível de igrejas e ermidas de S. Miguel.
Este ano, pela primeira vez, a Cruz Vermelha Portuguesa vai prestar assistência aos romeiros, disponibilizando 18 enfermeiros e três fisioterapeutas num centro de assistência que estará montado nas imediações da Igreja Matriz de Ponta Delgada.
Estas romarias tiveram origem com os terramotos e erupções vulcânicas ocorridas no século XVI, que arrasaram Vila Franca do Campo e causaram grande destruição na Ribeira Grande.