Carlos Barbosa, ex-administrador e proprietário do Correio da Manhã e do Independente, considerou, em declarações sexta-feira à agência Lusa, “lamentável” a decisão do fim do jornal conduzido por Manuela Moura Guedes, afirmando que se trata “obviamente” de uma “decisão que tem a ver com o poder político”.
E avançou com um nome: “Não me admirava nada se isto fosse obra do Dr. Santos Silva”, ministro dos Assuntos Parlamentares, com a pasta da Comunicação Social. O primeiro-ministro é suficientemente esperto para não se meter nestas coisas directamente e tem sempre os seus homens de mão que poderão fazer isso”, afirmou.
Augusto Santos Silva repudiou hoje “energicamente” esta afirmação, considerando-a “caluniosa” e desafiou Carlos Barbosa a prová-la.
“Esta é uma acusação absolutamente inqualificável, considero-a uma acusação pessoal gravíssima”, vincou o ministro à Lusa.
Augusto Santos Silva defendeu que Carlos Barbosa tem de mostrar que não está a fazer uma “calúnia”.
“Tem de provar o que diz, dizer quais são os indicadores, os indícios do meu percurso pessoal, profissional, cívico ou político que o levam a considerar que o final do Jornal Nacional da TVI seja obra minha”, sustentou.
O ministro disse ainda sentir-se “ofendido” na sua honra por esta “insinuação do Dr. Carlos Barbosa”.
“Depois ninguém diga no futuro que eu vi e calei. Eu não me calo perante este tipo de registo”, sublinhou.
Lusa