O delegado nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal, Humberto Pavão, afirmou hoje que o setor “tem estado saudável desde abril” na região, mas alertou que serão precisos mais cinco anos para recuperar os prejuízos dos últimos cinco.
“Para recuperarmos aquilo que perdemos ao longo destes cinco anos, que é o tempo que já dura a crise, ainda vamos levar mais uns cinco anos até chegarmos ao ponto que estávamos há cinco anos”, disse Humberto Pavão aos jornalistas, em Ponta Delgada, num comentário ao aumento das dormidas na hotelaria regional.
O representante nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal falava à margem da apresentação da campanha “1 colchão, 1 coração” que foi protocolada hoje em Ponta Delgada com o Instituto para o Desenvolvimento Social dos Açores.
Humberto Pavão reconheceu que “tem havido um grande esforço para salvaguardar os postos de trabalho” no setor e espera no futuro “admitir mais gente”.
“O turismo é um negócio transversal e cada cama, cada quarto de hotel que existe a funcionar traz outros negócios paralelos, restaurantes, artesanato, animação turística”, sublinhou.
As dormidas na hotelaria dos Açores no mês julho aumentaram 16,5% e os proveitos associados 11,9% em comparação com o mesmo mês de 2012, revelou hoje o serviço regional de estatística.
A nível nacional, o número de dormidas em unidades hoteleiras em julho aumentou 3,8%, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística conhecidos também hoje.
Assim, no mês de julho deste ano, houve um total de 169.900 dormidas nos Açores e 7,3 milhões de euros de proveitos totais.
O crescimento destes números deve-se ao aumento dos visitantes estrangeiros (mais 27,5%), já que os residentes em Portugal foram menos 7,2% do que em julho de 2012.
Desde o início do ano e até ao final de julho, foram registadas 579.160 dormidas nas unidades hoteleiras dos Açores, mais 8,4% do que nos mesmos meses do ano passado. A nível nacional, o aumento neste período foi de 4,9%.
Entre janeiro e julho, os estrangeiros que viajaram para os Açores cresceram 22,2%, enquanto os residentes em Portugal foram menos 9,4%.
Lusa