SATA justifica suspensão de rota Terceira-Boston com baixas taxas de ocupação

A administração da SATA confirmou hoje que suspendeu “temporariamente” as ligações diretas da ilha Terceira para Boston, nos Estados Unidos, justificando a decisão com as baixas taxas de ocupação, devido à pandemia da covid-19.

“Em julho, a taxa de ocupação média nesta rota foi de 21% e, em agosto, até à data, baixou ainda mais para 17%. Seria um indicador de gestão irresponsável se a SATA ignorasse esta infeliz realidade. Assim, a companhia aérea Azores Airlines vê-se obrigada a suspender temporariamente esta ligação”, avançou a empresa, em comunicado de imprensa.

O líder do CDS-PP/Açores, Artur Lima, adiantou hoje, em conferência de imprensa, que a companhia aérea açoriana iria deixar de ligar a ilha Terceira à América do Norte.

“A partir do dia 01 de setembro, o Aeroporto das Lajes deixa de ter voos internacionais. A SATA deixa de voar para Boston [Estados Unidos] e para Toronto [Canadá]. É preciso recuar ao tempo da ditadura salazarista para encontrarmos tal paralelo. Até a primavera marcelista, em 1971, inaugurou o voo Lisboa-Lajes-Boston”, afirmou.

Questionada pela Lusa, a SATA respondeu através de um comunicado de imprensa, acusando o dirigente centrista de utilizar “comparações totalmente descabidas, despropositadas e profundamente desconhecedoras da realidade que o mundo inteiro está a viver”.

“A ligação Terceira-Boston é uma rota importante para os açorianos, para os terceirenses e para a SATA, que, em tempos normais, trará valor para todos. Acontece que, em função das circunstâncias que infelizmente todos vivemos com a pandemia, as taxas de ocupação, em geral, e desta rota, em particular, baixaram dramaticamente”, reiterou a empresa.

A companhia aérea acrescentou que está a trabalhar em “medidas de racionalização para continuar a enfrentar a pandemia” e a trabalhar com os agentes nos Açores, na Terceira e na América do Norte “para retomar o mais rapidamente possível, não apenas a rota Terceira-Boston, como outras, que mostram potencial de desenvolvimento sustentável”.

 

Lusa

 

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