O responsável, que foi ouvido no Parlamento pelos deputados que integram o grupo de trabalho sobre os transportes aéreos para a Madeira e para os Açores, afirmou que a companhia aérea só iria voltar a operar entre Lisboa e o Funchal num “contexto mais favorável”.
António Menezes explicou que a “crescente sazonalidade” na procura desta rota (mais procurada no verão do que no inverno) e a subida dos custos de voo, sobretudo devido ao aumento dos combustíveis, justificam esta decisão.
A rota entre Lisboa e o Funchal foi interrompida em outubro do ano passado e era previsto que retomasse em março deste ano.
A SATA manterá, no entanto, a ligação entre o Funchal e o Porto Santo devido à rota de obrigações de serviço público assinado com o Governo.
Durante a audição, a deputada do PSD pelo círculo de fora da Europa Maria João Ávila questionou ainda o responsável da SATA pelo preço das taxas cobradas no transporte de bagagens para os passageiros que viajam a partir dos Estados Unidos e do Canadá para ilhas açorianas em que não existem voos diretos.
“Quem fica em São Miguel ou na Terceira não tem problemas porque para lá existem voos diretos. O problema é para quem tem de viajar para as restantes ilhas porque tem de pagar o excesso de bagagem”, apontou.
Por seu lado, o administrador da SATA explicou que o custo de bagagens em voos inter-ilhas é diferente da dos voos internacionais devido à tipologia de aeronaves utilizadas, mas sublinhou que a companhia tem vindo a procurar reduzir esses custos.
“Atualmente um passageiro que embarque nos Estados Unidos ou do Canadá para viajar para os Açores já pode transportar bagagens até 50 quilos, um valor muito acima do que era permitido. Também não podemos fazer tudo aquilo que os passageiros entendem que é mais benéfico para eles”, sublinhou.
António Menezes adiantou ainda que brevemente os estudantes açorianos a estudar no continente poderão transportar mais 10 quilos de bagagem extra, além dos 20 atualmente permitidos pela companhia.
Lusa