“É perfeitamente legítimo que a doutora Berta Cabral, no dia seguinte à sua eleição, queira conversar com o primeiro-ministro de forma frontal e leal, como sempre fez, com a sua determinação e capacidade de liderança para defender os açorianos”, afirmou Jorge Moreira da Silva, numa reação à reiterada mensagem que Berta Cabral tem passado de que “não está amarrada ao memorando de entendimento”.
O PSD/Açores e a candidata social-democrata à presidência do Governo Regional já acusaram, repetidas vezes, o atual Governo açoriano de ter assinado “às escondidas” o memorando de entendimento com a República a dois meses das eleições regionais, alegando que em causa está uma “machadada na autonomia” do arquipélago.
À margem de uma ação de rua na freguesia de Santo António, no âmbito da campanha eleitoral para as regionais de 14 de outubro, Jorge Moreira da Silva referiu que o atual Governo Regional socialista negociou um acordo com o Governo da República “de uma forma que não foi totalmente aberta e participada pela sociedade açoriana”, que “nem foi levado à Assembleia Legislativa Regional”.
O memorando de entendimento que o Governo Regional assinou permitiu satisfazer as responsabilidades decorrentes de dois empréstimos no valor de 125 milhões de euros, que se venceram em 6 e 19 de agosto deste ano.
Jorge Moreira da Silva participa esta noite, na Povoação, ilha de S. Miguel, num jantar comício do PSD/Açores, ao lado da candidata social-democrata à presidência do Governo Regional, Berta Cabral.
Lusa