Rómulo Ávila afirma, em comunicado distribuído esta madrugada, que a sua auto suspensão “por tempo indeterminado” tem como objetivo “contribuir para credibilizar a JSD e a própria política”.
“Creio que, com esta atitude, estou a dar um exemplo claro de que estou desprendido da política, um exemplo claro que encaro a política como uma actividade nobre e que coloco os interesses da juventude e dos Açores sempre, mas sempre em primeiro lugar”, acrescenta.
Rómulo Ávila tinha eleito para o cargo no congresso da JSD/Açores que encerrou no domingo passado, integrando a lista de Cláudio Almeida, que foi reconduzido na liderança desta estrutura política regional de juventude.
A candidatura derrotada, liderada por Alexandre Gaudêncio, não reconheceu os resultados eleitorais, alegando terem ocorrido ilegalidades, tendo Rómulo Ávila sido um dos principais visados nas acusações.
Na sequência desta decisão de se afastar do cargo, Rómulo Ávila será substituído por um secretário geral adjunto, nomeado pela Comissão Política Regional.
No comunicado que distribuiu, Rómulo Ávila lamenta ainda “o ataque feito ao Conselho de Jurisdição”, numa alusão às críticas sobre a alegada parcialidade deste órgão feitas pela candidatura de Alexandre Gaudêncio.
“Não compactuo com situações de autêntico terrorismo político em que só fica a perder a JSD, pois as eleições ganham-se nas urnas e essas foram muito claras”, afirma, acrescentando que “o erro de uma delegação de voto não influenciou em nada o resultado eleitoral, onde os atuais órgãos foram legitimados por mais de 65 por cento dos congressistas”.