Cinco dos oito seguranças da zona dos tanques de combustíveis (South Tank Farm) do destacamento militar norte-americano da Base das Lajes contestaram esta quarta-feira a posição de um sindicato sobre a sua integração no quadro permanente.
“Não reconhecemos ao sindicato dos Transportes, Turismo e Outros Serviços de Angra do Heroísmo, autoridade para falar em nome de todos os trabalhadores porque dos oito trabalhadores apenas três são sindicalizados”, disse Bruno Costa.
Bruno Costa adiantou em declarações à Agência Lusa que “a sua entrada no quadro deverá acontecer na próxima semana depois de uma reunião na passada semana entre a Comandante do destacamento norte-americano e os trabalhadores”.
“Foi aberto um concurso porque temos de mudar de esquadrão o que obriga a que as vagas sejam disponibilizadas a todos os trabalhadores portugueses do destacamento norte-americano”, explicou.
Os cinco trabalhadores “não sindicalizados” manifestaram-se “escandalizados” pelo facto de “o dirigente sindical Paulo Borges estar a querer usá-los contra as autoridades portuguesas, comando militar português e norte-americano”.
Esta semana o sindicato e três dos trabalhadores deram uma conferência de imprensa para “desmentir e manifestar estranheza” pelo facto de o secretário regional da presidência do governo açoriano, André Bradford, garantir a entrada dos trabalhadores nos quadros”.
“Nós temos tido a calma suficiente para negociar”, disse Bruno Costa, que revelou que a reunião aconteceu “por iniciativa da comandante norte-americano”, na qual lhes foi garantida a entrada no quadro.
“O que foi feito agora pelos três colegas e pelo sindicato, que pode colocar em causa a entrada para o quadro, foi um tiro no pé”, acusou.
Os trabalhadores adiantaram ainda que, “até agora, o governo regional, a inspecção de trabalho dos Açores e o comando português sempre têm pressionado para que deixem a situação de contratados – o que acontece desde 2001 – para passarem ao quadro”.
Lusa
