Seguro promete oposição “positiva e construtiva” com orgulho de “todo o passado”

O secretário-geral do PS, António José Seguro, disse hoje que fará “uma oposição construtiva e positiva” liderando um partido “renovado e rejuvenescido”, mas assumindo “com orgulho todo o passado” do partido.

À chegada ao XVIII Congresso do PS, sempre rodeado por dezenas de jornalistas, Seguro defendeu ainda que da reunião magna de Braga sairá um partido “forte, renovado, unido”.

“Quero fazer uma oposição construtiva e positiva (…) esta é uma maratona, não são vários sprints. Os portugueses querem política séria, aprofundada, com propostas que lhes resolvam os seus problemas. É essa a minha ambição e é isso que me motiva na política”, disse.

Questionado sobre o passado recente do partido e os anos de governação de José Sócrates, Seguro afirmou não querer “discutir o passado”, mas “falar do futuro incorporando os erros e as coisas bem feitas do passado”.

Mas salientou: “Sou um líder do PS que assume com orgulho todo o passado do PS. Tenho orgulho do que fizeram os ex-líderes do PS e também o meu camarada José Sócrates (…) mas os meus olhos estão colocados no futuro”.

“O PS no Governo fez coisas muito bem feitas. Cometeu erros (…) quem é que não cometeu erros? Não se trata de perdoar. Houve eleições e com a realização de eleições as pessoas fizeram um julgamento e optaram por outro Governo e temos que reconhecer com humildade que perdemos e cometemos erros. Mas eu não tenho os olhos colocados no passado, mas sim no futuro”, reforçou.

Considerando que o PS está a “fazer a sua própria mudança”, saindo “renovado e rejuvenescido” de Braga, o novo líder socialista disse pretender um projeto político “construído por muita gente, militantes e não militantes do PS”.

“Quero que o PS se liberte. Não gosto de ver os partidos a pensar pela cabeça do chefe. Quero que as pessoas adiram ao PS e possam dar o seu contributo para resolver os problemas. Quero dar razões a essas pessoas para virem para o PS”, apontou.

As eleições, prosseguiu, “são apenas processos democráticos para que os portugueses possam fazer escolhas”.

“E a minha ambição é oferecer uma escolha com esperança e confiança aos portugueses”, vincou.

Numa altura em que os trabalhos do XVIII Congresso Nacional chegam ao fim, Seguro confessou ainda o seu alívio.

“Devo dizer que ansiava pela realização deste congresso porque nunca existiu em Portugal esta situação singular de existir um líder eleito e só dois meses depois se realizar o congresso para aprovar a sua estratégia política e órgãos nacionais. Finalmente vou ter as equipas constituídas para podermos em conjunto aplicar a estratégia definida”, comentou.

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