O senador do estado de Rhode Island, Daniel da Ponte, defendeu hoje em Ponta Delgada, nos Açores, a permanência do consulado dos Estados Unidos nesta cidade, frisando não se tratar de uma despesa, mas de um investimento.
“É o consulado dos EUA mais antigo em atividade permanente. Existem coisas que temos que olhar e diferenciar entre despesas e uma certa forma de investimento”, afirmou o senador em declarações aos jornalistas no final de uma audiência com a presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral.
Daniel da Ponte destacou a ligação forte entre os Açores e os EUA, manifestando-se esperançado na manutenção do consulado de Ponta Delgada.
“Tem havido algumas alterações em termos do trabalho, da maneira que é feito e desempenhado, e esperamos que não vá encerrar”, frisou, acrescentando aguardar que o Departamento de Estado norte-americano chegue à conclusão que o consulado nos Açores não é uma despesa, mas um investimento.
Relativamente à comunidade açoriana em Rhode Island, cujos descendentes representam cerca de 80 por cento da população do estado (uma milhão de habitantes), o senador admitiu que, tal como outras, foi afetada pela situação económica, especialmente ao nível do emprego e da falta de investimentos, mas afirmou esperar que o pior já tenha passado.
Segundo o senador, os açorianos possuem uma comunidade bastante forte e madura, nomeadamente ao nível empresarial.
A presidente da Câmara de Ponta Delgada, Berta Cabral, destacou as oportunidades criadas pela existência de uma comunidade muito grande de açorianos residentes nos EUA, defendendo que devem ser potenciadas, nomeadamente por via do turismo.
“Temos nos EUA uma porta aberta para podermos investir nesta área e captar fluxos turísticos”, afirmou a autarca social-democrata, que reafirmou as críticas ao preço das passagens aéreas.
Segundo Berta Cabral, “as passagens aéreas tem que ser mais baratas”, defendendo ainda a promoção de “pacotes turísticos direcionados para aquela comunidade”.
A presidente da Câmara de Ponta Delgada, que é também líder do PSD/Açores, afirmou ainda não ver qualquer problema na vinda de companhias aéreas de ‘low cost’ para os Açores.
“Se há concorrência temos que a aceitar e se as companhias de ‘low cost’ acharem que têm condições para virem para os Açores não devemos impedir. O que precisamos é de tarifas baratas, da SATA ou de outras companhias”, afirmou, acrescentando que os açorianos “não podem ter um ordenado mínimo de 500 euros e pagar uma passagem normal de 300 euros para ir a Lisboa”.
Lusa