Sérgio Ávila diz que a Europa agrava a sua situação com decisão sobre Chipre

O Vice-Presidente do Governo dos Açores considerou hoje que a decisão de “congelar uma parte dos depósitos bancários” no Chipre, exigida pelo Eurogrupo como uma das contrapartidas pelo resgate a este Estado-membro da União Europeia, agrava a situação da Europa.

Sérgio Ávila, em declarações aos jornalistas em Angra do Heroísmo à margem de uma conferência de imprensa sobre o défice orçamental em 2012, disse que a Europa, que vinha demonstrando incapacidade para resolver “um problema que era europeu”, agravou agora, “pela sua ação, o problema europeu”.

Para o Vice-Presidente, esta decisão “não resolve problema nenhum”, uma vez que representa “apenas cinco mil milhões de euros”, que considerou serem “uma gota de água no orçamento europeu”. Sérgio Ávila salientou que a medida “pôs em causa, pela primeira vez, a própria consistência do euro como moeda e a confiança no sistema financeiro europeu”. “Os custos e as consequências desta decisão totalmente irresponsável serão imensamente gravosos para toda a Europa e para o sistema financeiro europeu e, todos nós, vamos pagar essa irresponsabilidade”, afirmou.

O Vice-Presidente do Governo dos Açores frisou ainda que esta opção é “contra tudo o que se possa fazer para dar consistência à moeda única europeia”, alertando que, “com decisões deste tipo”, a Europa está “a cavar a sua própria sepultura”.

O Governo do Chipre aceitou lançar um imposto de 6,7% sobre os depósitos abaixo de 100 mil euros e de 9,9% nos depósitos acima de 100 mil euros, no âmbito do programa de resgate do país.

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