Serviço Regional de Saúde conseguirá “equilíbrio” este ano

O Serviço Regional de Saúde, cujas dívidas ultrapassam 600 milhões de euros, deverá conseguir atingir este ano o “equilíbrio de exploração”, disse hoje o presidente do Governo dos Açores.

“Apesar das enormes dificuldades de gestão de um sistema de saúde destinado a servir nove ilhas, nem por isso as nossas dificuldades financeiras no sistema são maiores do que as nacionais”, frisou, acrescentando que este ano espera-se “uma situação de equilíbrio de exploração”.

Carlos César, que discursava na cerimónia de inauguração do novo Hospital da Ilha Terceira, em Angra do Heroísmo, destacou alguns indicadores na área da saúde em que os Açores estão melhores do que a média nacional, como as visitas domiciliárias de enfermagem, o número de enfermeiros ou o trabalho desenvolvido na área da saúde oral.

“Estamos sempre a crescer no número de consultas, de exames complementares de diagnóstico, em suma, na capacidade de acompanhar as pessoas na sua situação de saúde”, frisou, reafirmando o argumento de que o aumento das listas de espera se deve a essas melhorias.

Relativamente ao novo hospital, Carlos César considerou que se trata de “um dos empreendimentos mais importantes” realizados nos últimos anos, destacando as melhorias que trará na prestação de cuidados de saúde.

O Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, com uma área de construção de 50 mil metros quadrados, resulta de uma parceria público-privada cujos encargos nos próximos 30 anos, segundo o governo, ascendem a 139 milhões de euros.

“Tenho a certeza de que este investimento, que será pago solidariamente por todos os açorianos ao longo das próximas três décadas, será compensador para todos os que a ele recorrerem muito para além desse espaço temporal”, afirmou Carlos César.

O novo hospital, com 216 camas de internamento geral e 25 para internamento especial, tem quartos específicos para os pais acompanharem os filhos na zona pediátrica e dispõe de um bloco operatório com seis salas.

Esta unidade, com mais de 900 trabalhadores, possui serviços como ressonância magnética e, segundo Carlos César, tem condições para a instalação de radioterapia e de uma câmara hiperbárica, além de ter prevista a implementação de medicina nuclear e serviços de hemodinâmica e angiocardiografia.

Uma hospital de dia para cuidados médicos e cirúrgicos em ambulatório está também disponível nesta unidade de saúde, que deverá estar a funcionar em pleno no próximo mês, quando terminar a transferência das antigas instalações.

 

Lusa

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