Setor agrícola em “situação dramática” nos Açores por causa da seca – Federação

O presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, defendeu hoje a necessidade de o Governo dos Açores apresentar medidas para fazer face à “situação mais dramática” de que tem memória no setor resultante da seca.
“Temos tido a infelicidade, nos últimos tempos, de ter chuva a mais nalguns períodos e tempo seco a mais noutros. A situação é dramática a todos os níveis como se constata”, disse Jorge Rita aos jornalistas, à margem de um encontro com o secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, Nuno Vieira e Brito.
O dirigente agrícola, que presidente também à Federação Agrícola dos Açores, refere que foram recolhidos “poucos alimentos” de inverno, estando-se neste momento a 50 por cento das produções relativas àquela estação e “nem se está”, entretanto, a 50 por cento da produção de verão.
“Para agravar ainda mais a situação, os milhos não se desenvolvem devido à falta da chuva e, de certeza absoluta, não vamos ter o mesmo alimento disponível nos próximos tempos”, frisou.
Jorge Rita já manteve uma reunião com o secretário regional dos Recursos Naturais com vista à adoção de medidas para “precaver” a situação, havendo também “alguma sensibilidade” para esta matéria por parte do presidente do Governo dos Açores.
O presidente da Associação Agrícola de São Miguel refere que há “muito menos” produção de leite por via da seca e com “mais custos de produção”.
Jorge Rita defende a “necessidade imperiosa” das indústrias do setor leiteiro voltarem a subir o preço do leite, a par das medidas que o Governo dos Açores venha a adotar.
Por seu turno, o secretário regional dos Recursos Naturais, Neto Viveiros, reconheceu que se está a “atravessar um período difícil”, resultante de um inverno “muito rigoroso” e um verão com níveis de seca com “alguma gravidade”.
“O Governo dos Açores está a estudar uma forma de apoio aos agricultores em consonância com o senhor presidente da Federação Agrícola dos Açores”, informou Neto Viveiros, que pretende “minimizar” os prejuízos e vai ter em breve nova reunião com a lavoura.

 

Lusa

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