“O nosso setor não tem tempo, o setor precisa de trabalho urgentemente”, disse Pedro Marques, em declarações aos jornalistas em Ponta Delgada, acrescentando que não se refere a “grandes obras”, mas a “micro, pequenas e médias” empreitadas “que podem ser lançadas já usando os mecanismos legais que estão em funcionamento”.
“Depois, sim, discutiremos as questões de fundo, a carta das obras públicas, os grandes investimentos, mas para já é preciso lançar trabalho com urgência”, afirmou.
O Governo dos Açores anunciou em janeiro que está a preparar um documento (uma Carta das Obras Públicas) de gestão estratégica que definirá quais serão os investimentos do executivo regional nesta legislatura.
Pedro Marques recusou que estivesse a fazer “uma crítica” ao Governo regional, dizendo que a associação aceita que uma carta para um compromisso a médio e longo prazo “não pode ser decidida baseada em urgências”, mas “há efetivamente uma série de outros trabalhos para que se pode começar a olhar”.
Pedro Marques acrescentou ainda que na reunião que teve com o presidente do Governo no início deste mês, Vasco Cordeiro mostrou-se “sensível” para as questões levantadas pela associação.
O presidente da AICOPA referiu-se ainda a 50 milhões de euros de fundos europeus, que podem ser usados este ano, apelando a que, “pelo menos, não voltem para trás” e mostrando-se “preocupado” com essa possibilidade.
“O que nós sensibilizamos é que seja garantida pelo menos uma coisa – e as entidades estão a decidir sobre esses fundos – é que esses fundos não voltem para trás”, afirmou, dizendo que a responsabilidade da efetiva utilização deste dinheiro é de “várias entidades”.
Pedro Marques escusou-se, porém, a dar mais dados concretos sobre as verbas e os processos em causa, afirmando que tem sensibilizado todas as entidades com quem se tem reunido para esta matéria.
O presidente da AICOPA falava aos jornalistas no final de uma reunião da nova direção da associação com o presidente da câmara de Ponta Delgada, José Bolieiro.
Pedro Marques disse sair deste encontro “tranquilizado”, por “os dossiês estarem bem encaminhados”.
Quanto a José Boleiro, defendeu “a prioridade” à reabilitação e não em “construções novas, duvidosas e insustentáveis”.
Lusa