Graça Silva, em declarações aos jornalistas durante uma acção de rua promovida no âmbito da Semana de Luta organizada pela CGTP, sublinhou estar em causa “o despedimento sem justa causa, que se pretende implementar através da figura do despedimento por inadaptação, a redução dos apoios sociais em caso de despedimento e do valor da indemnizações”.
“Alguns trabalhadores ainda não têm a noção da forma como vão ser abrangidos” pelas medidas do Orçamento de Estado e pela revisão da legislação laboral que se perspectiva, salientou a dirigente sindical, acrescentando que a informação que chega aos trabalhadores “quer por parte dos políticos, quer dos comentadores políticos, vai no sentido de desinformar a população”.
Para Graça Silva, esta estratégia, que pode levar à desmobilização dos trabalhadores, assenta num pressuposto errado, já que mesmo os que recebem salários de 485 euros mensais sofrerão quebras de rendimentos em função do agravamento dos impostos, da redução dos apoios sociais e do aumento do horário de trabalho em meia hora por dia no sector privado.