Sindicato critica “total indisponibilidade” do governo para dialogar

escola educacao professoresO Sindicato Democrático dos Professores dos Açores (SDPA), afecto à UGT, criticou esta terça-feira a “total indisponibilidade” para o diálogo da secretária regional da Educação, admitindo que os docentes se podem mobilizar em protesto contra a situação.
“Não se pode falar de negociação colectiva, mas de prepotência governativa”, afirmou Sofia Ribeiro, presidente do SDPA, numa conferência de imprensa em Ponta Delgada, frisando que “não há condições para o diálogo e está violado o princípio da boa-fé negocial”.

Em causa está o processo negocial relativo ao Estatuto da Carreira Docente, onde, segundo o sindicato, a secretária regional da Educação, Cláudia Cardoso, se “recusa a dialogar sobre qualquer proposta que não seja da área do governo”.

A questão da transição em carreira é um dos principais motivos de divergência, frisando Sofia Ribeiro que a proposta do governo é “injusta e desigual”, já que não assegura o respeito pelo “princípio da igualdade”, nos termos do qual todos os professores devem poder atingir o topo da carreira ao fim do mesmo número de anos de trabalho.

Os horários semanais de trabalho dos docentes, as condições de trabalho dos orientadores de estágio e o modelo de avaliação de desempenho dos professores são outras áreas em que há desacordo.

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