Em comunicado enviado à imprensa, o sindicato adianta que a paralisação prevista para “todos os voos” inter-ilhas nos dias 31 de julho e 1, 10 e 11 de agosto, deve-se ao “profundo desrespeito” demonstrado pela companhia aérea açoriana, em relação ao Acordo de Empresa.
“Os tripulantes de cabine da SATA Air Açores tentaram sempre chegar a entendimento com a empresa acerca da melhor forma de viabilizar a operação”, adianta o comunicado, lamentando, porém, que nunca tenham obtido, por parte da empresa, o “eco desejável”.
O sindicato adianta que a decisão de avançar com o pré-aviso de greve foi tomada em assembleia-geral, realizada no passado dia 15 de junho.
Na ocasião, os tripulantes de cabine decidiram “estabelecer um prazo de 30 dias” para que a administração da SATA Air Açores “cumprisse integralmente o instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho” e desse “provas cabais” de negociação do novo Acordo de Empresa.
Como essa tentativa de negociação nunca se concretizou, o sindicato decidiu avançar com a paralisação, alegando “incumprimento” do Acordo de Empresa, que recorda ter sido “assinado livremente” pela transportadora aérea regional e pelos tripulantes.
O SNPVAC decidiu também estabelecer como serviços mínimos, nos dias de greve, “todas as ligações aéreas programadas” em casos de emergência médica, e as “as ligações aéreas que permitam duas descolagens e aterragens”, nas ilhas de São Miguel e Terceira, e uma aterragem e descolagem em cada uma das restantes ilhas.
A única exceção nesta regra de serviços mínimos será a ilha do Corvo, a mais pequena dos Açores, que ficará privada de qualquer ligação aérea, mas apenas no dia 11 de agosto.
Face às ameaças de pré-aviso de greve, a transportadora aérea açoriana já havia rejeitado, no mês passado, as acusações sobre um alegado incumprimento do Acordo de empresa, feitas pelo sindicato.
“Cumprimos com aquilo que, no nosso entendimento, é o que está escrito”, disse, na ocasião, José Gamboa, porta-voz da SATA.
Lusa