O Sindicato da Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) anunciou hoje que perante a incapacidade negocial com representantes da SATA e Governo Regional, volta a não ter alternativa à greve, agora a tempo inteiro.
Em dezembro o SINTAC já havia realizado greve parcial de uma hora à entrada e uma à saída, tendo o mês passado sido intensificado para duas horas à entrada e duas horas à saída. Agora “porque a defesa destes trabalhadores exige medidas de exceção, e porque a empresa não nos deixa alternativa, o SINTAC vê-se obrigado a recorrer pela quinta vez à greve”, das 00h00 do dia 18 às 23h59 do dia 28 de Junho “perante a ilegalidade prejudicando 15 trabalhadores pela sua filiação sindical”, justifica o SINTAC.
Reiterando a vontade de resolver o conflito pela via do diálogo o sindicato salienta que “os custos destas greves são exponencialmente superiores aos associados à reposição dos valores retirados aos trabalhadores”.
Filipe Rocha em declarações á Lusa disse que a empresa “persiste na ilegalidade prejudicando 15 trabalhadores pela sua filiação sindical” e “preferem manter um conflito que se resolve com 2.300 euros por mês”, valor que “é retirado mensalmente aos trabalhadores” e que representa “menos de metade de qualquer ordenado de administrador e a empresa passou de cinco para seis administradores”.
“A empresa persiste na ilegalidade. Os trabalhadores tinham evoluído ao abrigo das regras do acordo da empresa e entretanto, pela via do conflito que se gerou à volta deste memorando [entre a plataforma de sindicatos e a companhia aérea], os trabalhadores mudaram de sindicato e nessa mudança de sindicato a empresa entendeu que havia condições para regredir as carreiras quando as regras do acordo da empresa e até a lei geral não permite que se retirem valores já pagos”, vincou.