Para o sindicalista, o Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego, assinado na quarta-feira, constitui “a maior machadada nos direitos dos trabalhadores e um retrocesso social sem precedentes nas relações de trabalho”.
O coordenador da USAH frisou que os trabalhadores serão “obrigados a fazer trabalhos forçados”, justificando que as medidas de alteração à legislação laboral vão “facilitar os despedimentos, reduzir as indemnizações e colocar os trabalhadores a trabalhar mais e a receber menos”.
A possibilidade de despedimento por inadaptação vai provocar uma “competição desonesta entre trabalhadores”, na opinião de Vítor Silva, que considerou ainda que a criação de bancos de 150 horas anuais grátis já está a levar a que as empresas dispensem trabalhadores contratados a prazo.
“O banco de horas obriga cada trabalhador a trabalhar 19 dias de graça, mais os quatro feriados que esses trabalhadores perdem e três dias de férias, ou seja, os trabalhadores vão ter de fazer mais um mês de serviço gratuito”, alertou.
Para a União de Sindicatos de Angra do Heroísmo, o processo não está “encerrado”, frisando Vítor Silva que esta estrutura vai “esclarecer, organizar e mobilizar os trabalhadores” contra a “monstruosidade aos direitos laborais e sociais”.