O presidente do Conselho de Administração da SATA, António Gomes de Menezes, tinha enviado na terça-feira uma carta aos sindicatos para lhes “reiterar” a sua “disponibilidade” para debater “aspetos” não “vedados por lei”, “num esforço de diálogo e concertação”.
De acordo com a carta divulgada pela plataforma,os sindicatos estão disponíveis para dialogar nos “moldes” que “mais convierem” à administração e ao acionista da transportadora aérea, o Governo dos Açores, desde que “salvaguardados os interesses dos trabalhadores”, não dando lugar a “discriminações negativas destes” e colocando-os em “regime de igualdade” com os da TAP, tal como afirmam ter vindo a suceder nos últimos anos.
Os sindicatos admitem “analisar cenários alternativos”, no sentido de, o “mais urgentemente possível”, chegar a uma solução, a “bem de todos os envolvidos”.
“Cientes da importância da necessidade de encontrar uma solução e não tendo outra agenda senão a defesa elementar dos direitos dos trabalhadores envolvidos, estamos certos de que será do melhor interesse de todos e que urge encetar um diálogo construtivo que possa levar à desconvocação da mesma”, refere na carta a plataforma sindical.
Os sindicalistas ficam agora a aguardar o agendamento de uma reunião por parte da SATA e do seu acionista, que é o Governo dos Açores.
A greve foi convocada pela não aplicação na transportadora aérea açoriana do acordo que os sindicatos assinaram com a administração da TAP visando evitar os cortes salariais médios de 5% previstos no Orçamento do Estado.
O Governo dos Açores tem reiterado que no caso da companhia aérea açoriana, só seria possível evitar esses cortes violando a lei do Orçamento do Estado, recusando dar indicações à empresa para cometer uma “ilegalidade”.
Lusa