SIS nega qualquer envolvimento no caso

Os Serviços de Informações de Segurança (SIS) negaram esta sexta-feira “categoricamente o envolvimento” em eventuais escutas feitas à Presidência da República (PR) ou “intercepção de comunicações” internas do jornal Público que hoje foram divulgadas.

Num curto comunicado, o SIS desmente “categoricamente o envolvimento” do organismo “em qualquer actividade de escutas ou intercepção de comunicações” referente a este caso.

Hoje, o DN divulga um e-mail interno do jornal Público que aponta o assessor do PR Fernando Lima como a fonte de uma manchete em Agosto sobre eventuais escutas feitas em Belém.

 

 

Perante a divulgação do e-mail, o director do Público afirmou à TSF que este “é um trabalho dos serviços de informações ou de alguém desse género”.

No comunicado, o SIS vem também “repudiar as declarações” do director do Público, negando qualquer envolvimento do caso.

 

 

Na edição de hoje, o DN avança que Fernando Lima foi a fonte do diário Público nas notícias que sucederam à sua manchete de 18 de Agosto, já em pré-campanha eleitoral, segundo a qual Cavaco Silva suspeitava estar a ser espiado pelo Governo liderado por José Sócrates.

 

 

Essa suspeita foi formulada a propósito de críticas do PS quanto à alegada participação de assessores de Cavaco Silva na elaboração do programa eleitoral do PSD. Na notícia do Público, uma fonte de Belém questionava a forma como os socialistas poderiam saber dessa participação: “Como é que os dirigentes do PS sabem o que fazem, ou não fazem, os assessores do Presidente? Será que estão a ser observados, vigiados? Estamos sob escuta, ou há alguém na Presidência a passar informações? Será que Belém está sob vigilância?”

 

 

Foi na sequência desta manchete que o Público noticiou que as alegadas suspeitas de Cavaco Silva quanto a uma vigilância do Governo remontavam à visita do Presidente à Madeira em 2008, na qual teria sido observado um comportamento suspeito por parte de um assessor governamental, Rui Paulo Figueiredo.

 

 

Hoje o DN publica uma alegada mensagem de correio electrónico entre Luciano Alvarez e o correspondente da Madeira, Tolentino de Nóbrega, com instruções para seguir pistas fornecidas por Fernando Lima quanto a essa suspeita, supostamente por ordem directa de Cavaco Silva.

 

 

 

 

Lusa

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